21 de setembro de 2010

A autotransformação é o primeiro passo para a mudança externa

O textinho a seguir (e que minha amiga Karla me pediu para compartilhar, após a resposta que escrevi para um e-mail que nos foi endereçado) é um mix de idéias que circularam e ressoaram em conversas, reflexões, desabafos, DRs, leituras, palestras no centro espírita e toda a sorte de experiências pessoais e alheias.


No fundo, todas essas idéias estão em várias mentes, muitos registros, diversos relatos; afinal, a fonte acaba sendo a mesma, e, a depender do nosso nível de compreensão, percepção, elevação moral, elas farão mais ou menos sentido, e num determinado momento vão surgir de nós, de algum lugar, como se tivessem saído de nossas próprias mentes.

Antes, uma ressalva em forma de agradecimento (ou um agradecimento em forma de ressalva): além dessa fonte que é de todos e de ninguém, todos os créditos cabem ao meu melhor amigo, que coincidentemente (ou não) se tornou o meu amor e me falou ou me fez pensar sobre o que escrevi abaixo.


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Precisamos estar atentos para não repetir os mesmos erros, atrair as mesmas coisas e fazer dos velhos hábitos (queixas, carências...) o nosso estilo de vida (Mude! Veja esse vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=HiEKCN32FB8&feature=related).

Determinadas experiências, ainda que nos pareçam, em princípio, desagradáveis, talvez sejam uma oportunidade para pensarmos na forma como nos comportamos nos nossos relacionamentos e diante da vida de uma forma geral.

Nesse caso, não há receita, não há certo nem errado, mas temos de pensar se estamos agindo de modo a permitir que aquilo que desejamos se concretize. Muitas vezes, queremos uma coisa, mas a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos nos distancia daquilo que queremos.

E é impressionante como temos a tendência de repetir determinados padrões. (Mude! E se ainda não viu, veja esse vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=HiEKCN32FB8&feature=related). Penso na minha experiência, na de outras(os) amigas(os), e vejo como isso ocorre com frequência.

Temos uma responsabilidade muito grande em relação ao que acontece conosco. Se queremos viver algo novo, algo que promova uma mudança na nossa vida, nas nossas relações, o primeiro passo é a autotransformação (Mude!).

Nos relacionamentos amorosos, por exemplo, o apego, a carência e a necessidade de controle são os principais fatores geradores de conflitos e desencontros de expectativas. O amor, na vida cotidiana, requer uma construção contínua exatamente pela necessidade de aceitação da imperfeição do outro e da própria imperfeição.

E amor de verdade, em sua essência, implica necessariamente em aceitar a vulnerabilidade, os riscos (de não ser correspondido, de perder, de sofrer, de magoar e se magoar...), exige esforço, entrega e doação. O verdadeiro amor não espera nada em troca, não impõe limites nem condições. (E isso é bíblico. Vide a carta de Paulo aos Coríntios. Nesse vídeo no youtube, o velho Cid Moreira, com sua voz de apresentador do JN e dos truques do Mister M, narra o trecho que fala sobre o amor: http://www.youtube.com/watch?v=edLTGEHQvy4 ) É muito difícil aceitarmos isso, pois buscamos sempre o lugar de conforto, a segurança, a estabilidade, o controle, mas, no fundo, tudo isso é ilusão.

Essa condição de vulnerabilidade é da natureza da própria vida, só temos controle sobre as nossas escolhas e sobre a forma como reagimos às circunstâncias - é o tal princípio do livre-arbítrio -, todo o resto independe da nossa vontade. Sendo assim, o melhor meio (talvez o único) de promover a mudança em nossas vidas, nos outros, no ambiente que nos rodeia, é através da autotransformação.

Uma idéia tem sido bastante recorrente nas coisas que eu tenho lido, ouvido: a de que só existem duas grandes forças, a do amor (que é ilimitada e transformadora) e a do medo (que é restritiva e paralisante). E é preciso estar o tempo todo atento sobre como cada uma delas está presente em nossas vidas e pauta nossos comportamentos, escolhas e decisões.

Vamos sempre oscilar de um pólo para o outro, mas, se não estivermos atentos a esse movimento que acontece o tempo todo, corremos o risco de ficarmos paralisados pela energia do medo. Isso vale pra você, pra mim, pra todo mundo.

Também precisamos nos defrontar com os nossos fantasmas, para afugentá-los, em vez de nos comportarmos como se eles não existissem.

Tudo o que acabei de dizer pode soar como conselho, mas também, e sobretudo, é auto-reflexão. Espero que faça sentido para você e que tais idéias tenham ressonância a ponto de gerar novos relatos, novos desabafos, conversas e reflexões, e venham a surgir novamente e de novas formas em outras mentes.